Poemas Exclusivos

Poema 1

No começo,
havia algo de misterioso,
o tipo de presença
que instiga a querer descobrir mais.
(Embora o gosto para música
seja duvidoso…)
É bom em tudo o que faz,
menos recomendar séries e filmes.
Carrega um corpo
que muitos invejariam
(mas isso não pode chegar aos ouvidos dele).
Às vezes,
um pouco convencido.
Outras,
inesperadamente carinhoso.
Jogador ruim de Mortal Kombat,
mas dono de uma inteligência
que dá brilho até ao que parece banal.
As palavras dele,
mesmo as mais simples,
sabem prender atenção.
Nos livros,
o gosto é refinado.
Nos animes,
nem sempre.
E assim ele se revela:
entre defeitos e encantos,
um mistério que nunca se explica
por completo.

Poema 2

Há pessoas como poemas difíceis:
não se entendem de primeira,
é preciso sentir.
Assim é ele: misterioso como a chuva,
suave e melancólico.
Quase tudo faz bem,
menos quando não me deixa ajudar
ou insiste em séries duvidosas.
Ainda assim, até o erro tem graça nele.
No gesto, um toque de ursinho
que abraça feridas antigas.
Por tudo que viveu,
não merece presenças de passagem:
sua vida exige permanência
(e, no fundo, eu queria que fosse só comigo).
Às vezes convencido,
mas cada palavra prende a atenção.
Até o banal ganha brilho em sua voz.
Sol ou lua,
de qualquer forma, ilumina.
No peito dele encontro descanso,
e na graça qualquer, meu sorriso.
Bebe mais do que devia,
mas até nisso há beleza:
solta palavras que eu amo ouvir,
como estrelas em copos vazios.
No fim, é isso:
um poema escondido,
difícil de decifrar,
impossível de não admirar.